Pedi-te algo tão simples como respirar, algo que sabia de antemão que irias recusar.
Olhas-me com um ar incrédulo, irónico, como se desejasses desatar a rir de algum profundo disparate escondido nas minhas palavras.
Não vai voltar a acontecer, não deixarei que a tua decadência limitada se volte a pousar em mim, travando as minhas fugas do mundano.
Sabes que preciso de correr, de acalmar a minha alma volátil, cujos impulsos me guiam como ninguém conseguirá algum dia fazer, latejantes.
Sabes que preciso de chegar ao fim do mundo, preciso de me ferir pelo caminho, voar nas asas da adrenalina que atravessa o próximo perigo do caminho.
Um dia irei regressar dessa travessia alucinante com cicatrizes, cicatrizes que tu não queres que eu sofra.
Mas não tenhas medo, fá-lo por mim. Não tenhas medo, não irás perder o teu trono.
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