segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Inside the skeleton

Ele podia ter escolhido outro dia para enterrar o mundo. Ainda podia girar tantas vezes, apesar das suas faces queimadas que se sabiam um novelo de hipocrisia...

E agora, para onde olhar? E agora, para onde voar?

Raios! Passou demasiado tempo embebido numa atmosfera de raiva supersónica, raiva essa que rapidamente atingiu multidões.

Algo o impediu de ouvir as vozes que gritavam por um pouco mais de calma - pelo espaço etéreo no qual nunca repousara aquilo que aflorava a sua pele pálida.

O seu cérebro parou e a sua boca apenas pôde proferir um misto de pânico e de choque, envoltos pelo ambíguo das palavras.

Agora é dono do vazio, do preto do ar, da histeria do silêncio.

É só uma sombra da alma, um pedaço de confusão latejante no meu caminho.

Sem comentários:

Enviar um comentário