segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Fora não, acima!

Estou fora deste mundo. Deslizo, leve, livre e lento, acima das nuvens delicadas e rugosas; acima das rodas que rangem e rodam, em conflito contínuo umas com as outras.

Nada me perturba. Nem mesmo o facto de não saber se voltarei a encontrar o caminho para tamanho voo, nem sequer o facto de não saber quanto tempo me conseguirei aguentar até que me falte o fôlego - até que as asas cedam fatalmente ao marasmo da multidão.

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