Porquê acordar?
O fumo, qual multidão sedenta, não se dispersou.
O peso da minha alma não voou.
A mágoa que sinto regressou.
A luz adoece, amarela e persistente.
O espírito acorda, demente.
As ruas explodem, num clarão potente.
Não quero querer o que queria
Este sonho em mim morria
A minha casa ficou vazia
Perto de mim, a distância
Sufocante, a minha ânsia
E o dia por mim passa, e avança
Noutro canto, um sonho
Longe deste lugar medonho
Onde o sol volta a parecer risonho.
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